Notícias 23/07 - Coordenador de pesquisas da Fipe fala sobre importância do RI para o Mercado Imobiliário de SC

“O RI cumpre o papel de dar segurança jurídica de forma muito clara no país”

Coordenador de pesquisas da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Eduardo Zylberstajn, fala sobre a importância dos serviços do RI para o crescimento do mercado imobiliário em Santa Catarina

  

A última publicação do FipeZap mostra um aumento no valor de venda de imóveis em todas as 7 cidades catarinenses durante o primeiro semestre de 2021 que integram o índice e cita Florianópolis como destaque entre capitais que mais apresentaram crescimento nos últimos 12 meses.

O coordenador de pesquisas da Fipe e consultor especial do índice, Eduardo Zylberstajn, falou com o Colégio Registral Imobiliário de Santa Catarina (Cori-SC) sobre a importância da coleta de dados estatísticos nos serviços registrais e do papel essencial da atividade para a segurança jurídica do mercado Imobiliário no estado.

Realizada pela parceria entre a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e o portal ZAP, a pesquisa FipeZap publica mensalmente o índice de Preços de Imóveis Anunciados do Brasil, sendo o primeiro indicador a fazer um acompanhamento sistematizado da evolução dos preços do mercado imobiliário brasileiro.

O índice tem como função compilar as importantes variações do preço em determinado mercado, fornecendo informações essenciais para compradores, vendedores e investidores. Zylberstajn explica que “com mais informações, as pessoas, as empresas e os governos podem tomar melhores decisões”. Segundo ele, o próprio mercado imobiliário “tem se beneficiado por um aumento grande da sistematização de dados e informações nos últimos anos”, diz o coordenador que selecionou 50 municípios para integrarem à pesquisa, levando em consideração a disponibilidade de dados e tamanho das cidades.

Desses 50 municípios, 7 são de Santa Catarina, com 3 deles integrando o ranking das 6 cidades com imóveis mais caros do país. Balneário Camboriú, Florianópolis e Itapema aparecem no ranking com valores de R$ 7.993, R$ 7.802 e R$ 7.626 por metro quadrado, respectivamente. Os três municípios estão atrás apenas de Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Brasília (DF). Para o coordenador da pesquisa, o crescimento tem direta ligação à “renda alta, boa qualidade da vizinhança (incluindo aspectos da natureza e sociais) e baixa oferta”, e diz que “SC tem de tudo um pouco, o que justifica essa presença dos três municípios no FipeZap”.

 

Preço pelo m²

 

Florianópolis em destaque

Outro destaque do estudo é Florianópolis, com um aumento de 8,62% no acumulado dos últimos 12 meses, um dos mais altos entre todas as capitais do Brasil. Se contabilizado apenas os seis primeiros meses do ano, Florianópolis aparece em 3º lugar no ranking de capitais com maior aumento percentual em valor de imóveis (5,22%), logo atrás de Maceió (7,29%) e Vitória (5,49%).

Zylberstajn explica que a pandemia afetou bastante a dinâmica dos preços, mas “em geral um aumento no valor de imóveis já era sentido antes mesmo do coronavírus, como sinal de reaquecimento no mercado”. Para ele, os Cartórios de Registro de Imóveis têm grande parcela no desenvolvimento e reaquecimento deste mercado devido aos avanços em processos digitais e conhecimento generalizado das facilidades e garantias que a atividade proporciona.

“Os Cartórios de RI têm enorme importância econômica para a sociedade. Em geral, quanto mais as pessoas puderem realizar as transações que desejarem, maior a eficiência da economia. Mas, para realizar transações, devem sentir-se seguras – e o RI cumpre esse papel de dar segurança jurídica de forma muito clara no país”, ressalta ao lembrar que a estrutura bem definida de processos e dados do Estado de Santa Catarina, assim como a organização nos serviços oferecidos ao Mercado, sejam para compradores ou vendedores, impulsionam a economia e os resultados mensais no índice FipeZap.

“A agilidade nas execuções extrajudiciais contribui para que o risco de um financiamento imobiliário seja baixíssimo para quem empresta, estimulando, portanto, o crédito e ajudando as famílias a anteciparem em décadas o sonho da casa própria. E, obviamente, a disponibilização de informações através da divulgação de dados e séries históricas de transações, contribui para o melhor funcionamento do mercado através do empoderamento de todos os participantes- mais informação, mais confiança” conclui Zylberstajn.

Veja o estudo FipeZap na íntegra clicando aqui.